E sem querer, Internet Explorer 6 morreu mesmo em março. Não o navegador que nos assombra, mas a relevância sobre compatibilidade entre navegadores. Ainda ouviremos reclamações sobre a morte do Flash Player, mas isso logo será passado também. Hoje o foco de nossas preocupações deve estar no futuro dos websites como referência de serviços online.
Estamos caminhando para a Web ubíqua, com aplicativos e dispositivos de todos os tamanhos e propósitos.

Teorizamos sobre computação ubíqua há muito tempo. Agora chegamos lá. É isso. É o seu gato brincando no iPad.
Em certos casos, o navegador não é mais o recurso primário de uso de um serviço na internet. O Gowalla, um aplicativo de geolocalização concorrente do Foursquare, existe somente como aplicativo para iPhone e Android. O site serve apenas para suporte e ajuda. Mesmo que você possua algum outro celular com navegador, não será possível usá-lo através da versão mobile do site.
Além disso, a vida sedentária que os desktops nos forçou a ter também acabará algum dia. Empresas brasileiras mais ágeis já devem estar planejando ou implementando a substituição de pesados computadores para notebooks e wi-fi, aproveitando a queda do preço do hardware nos últimos anos. Lá fora, não sei se já estão pensando fornecer iPads para funcionários. Preso num aeroporto durante o caos aéreo na Europa, o primeiro-ministro da Noruega foi capaz de governar o país através de um iPad.
O que muda para nós, profissionais da Web?
Muda tudo. No final das contas, é a velha briga dos padrões abertos repaginada. E como toda guerra, precisamos ficar bem informados sobre as tendências e devemos traçar estratégias.
Hoje temos um mercado de sistemas operacionais para dispositivos móveis dividido entre iPhone OS e Android. Mal dividido aliás, pois o hype sobre iPhones, iPads e afins gerou uma enorme demanda por aplicativos para estas plataformas, principalmente entre os editores de conteúdo tradicional, como revistas e jornais do mundo físico. A esperança de não termos um monopólio de plataformas está na estratégia do Google em manter o código aberto no Android e também no Google Tablet.
Se você questionar se não é melhor logo a Apple manter este monopólio, podemos conversar sobre como o IE6, mencionado anteriormente, atrasou a evolução da Web nos últimos anos.
Mais sobre isso:
- O título deste artigo é diretamente inspirado no artigo do The Next Web que traz outros exemplos de como estamos cada vez mais atraídos pelos aplicativos.
- Mas o conteúdo veio de uma série de twitts que publiquei semana passada depois de ler este artigo sobre as novas demandas dos usuários.
- E este post também é uma continuação de “O progresso feito na marra“.
- Um cálculo: o HTML5 pode levar mais doze anos para ser completamente desenvolvido.
- No Mashable: Hospital Outfits Staff with 100 iPads.
- Na Wired: The Web Is Dead. Long Live the Internet.