Participei de uma discussão acalorada na comunidade Webdesigner Brasil no Orkut sobre o que é um webdesigner e o que são os outros websomethings. Ainda me surpreendo com a opinião de pessoas que se julgam super designers quando mal terminaram o primeiro estágio ou sequer cursaram uma graduação. Parece que, para muita gente, basta acordar um dia, se autodenominar webdesigner e ser. Depois reclamam que os salários estão baixos, o mercado prostituído e que as empresas só contratam designers que saibam PHP e MySQL.
O fato é que o mercado é selvagem e muito rígido, mas há muitas pessoas despreparadas no mercado ganhando a merreca que lhes é devida e ficam chorando e se perguntando sem parar: “por quê? por quê?”.
Para mim, o que faz um bom profissional é sua formação, que é constituída de vários elementos como experiência, conhecimento, esforço, adaptação. Se alguém coletou estes elementos com graduação ou com curso do Ifnet, pouco importa. O que vale para qualquer empresa séria na hora da contratação é o seu portfolio e as suas referências no mercado. Posso ir além e afirmar que, pode até haver exceções, mas elas são raríssimas. Os melhores designers que conheci fizeram uma graduação, mesmo que não fosse Desenho Industrial.
A conceituação, a estética e a sensibilidade, conceitos que muita gente confunde com “talento”, se aprendem na graduação, juntamente com Psicologia, Sociologia, História da Arte e Comunicação. A teoria pode parecer fútil para nós estudantes nos primeiros anos do curso, mas é ela que nos faz pensar e não ser apenas um seguidor de tendências. Ferramenta se aprende até sozinho com algum esforço.
Isso vale para qualquer um em qualquer área. Não é possível querer ganhar bem, ter status, ser reconhecido sem estudar muito, trabalhar muito e ser muito sério no que faz e no que diz. Bem… possível é se você tem “conexões”, mas a eu não te respeito!